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MPF denuncia ex-secretário, Rowles e doleira por tráfico internacional de drogas e pede sequestro de bens

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o ex-secretário de Ciência e Tecnologia, Nilson Borgato, Rowles Magalhães e doleira Nelma Kodama por formação de quadrilha especializada e tráfico internacional de cocaína, e requer perda de bens e multa, avaliada em R$ 139 milhões. A ação é oriunda da Operação Descobrimento deflagrada pela Polícia Federal em abril deste ano.

De acordo com denúncia do MPF, as investigações tiveram início a partir da apreensão de 578,44 kg de massa líquida de cocaína, no interior da aeronave no Aeroporto de Salvador em 09 de fevereiro de 2021. A droga foi descoberta por mecânicos responsáveis pela manutenção da aeronave – acionados pelo comandante para consertar um defeito técnico – e apreendida pela Polícia Federal. As investigações apontaram que os acusados vêm atuando pelo menos desde junho de 2020, em São Paulo, Jundiaí, Mato Grosso e Lisboa, em uma organização criminosa, com objetivo de lucrar com o tráfico internacional de drogas.

“Rowles Magalhães Pereira da Silva, Ricardo Agostinho, Nelma Mitsue Penasso Kodama, Marcelo Mendonça de Lemos (Gordo), Nilton Borges Borgato (Índio), Cláudio Rocha Júnior e Marcos Paulo Barbosa Lopes (Papito) pertencem ao primeiro escalão da organização”, diz denúncia.

Rowles e Ricardo foram denunciados por serem os responsáveis pela programação e organização dos voos entre Brasil e Europa. Nelma Kodama, Nilton Borgato e Cláudio Rocha Júnior seriam ressonáveis pela intermediação entre fornecedores da droga e os transportadores e o contato deles com os destinatários da droga na Europa.

Marcelo Mendonça de Lemos e Marcos Paulo Barbosa Lopes (Papito), integrantes do PCC, organização criminosa de atuação internacional, são fornecedores da droga e corresponsáveis por seu armazenamento sob a fuselagem do avião.

No escalão financeiro está Marcelo Lucena da Silva. Marcelo é doleiro e fez pagamento de dívidas da organização na Europa. Outras pessoas foram denunciadas por participação no suposto esquema.

Nos autos, o MPF chega relatar suposto diálogo entre Rowles e Nilton Borgato sobre a entrega de um carregamento de droga ocorrido em 09 de junho de 2020.

“No dia 9 de julho de 2020, Nilton Borges Borgato (Índio) pergunta se o tráfico foi concluído (acabou (…) garantiu 100% que era ontem (…) vem embora). Rowles Magalhães passa a relatar os motivos do atraso, culpando o dono do avião, no caso, André Luiz Santiago Eleutério (amigo a parte de avião e com nosso amigo e sinto que ele as x têm dificuldades em falar a real mas a culpa não é dele e sim da pessoa dona do avião que se atrapalhou Depois pessoalmente explico (…) de hoje não deve passar se o nosso amigo estiver falando a vdd. Logo depois, Rowles Magalhães complementa “amigo problema (…) só amanhã, Nilton Borgato (Índio) então sugere pega o menino dele e fica perto de você pra ver que está resolvendo (…) pra não piorar as coisas. Mais tarde, Nilton Borgato (Índio) avisa (preciso dar uma sugestão para vocês)”, diz trecho extraído da denúncia.

Na denúncia o Ministério Público Federal pediu a manutenção das cautelares pessoais já impostas a Rowles Magalhães Pereira da Silva, Ricardo Agostinho, Nelma Mitsue Penasso Kodama, Nilton Borges Borgato (Índio), Cláudio Rocha Júnior, Marcelo Mendonça de Lemos (Gordo), Marcelo Lucena da Silva, Marcos Paulo Barbosa Lopes (Papito) e Fernando de Souza Honorato em razão do risco de reiteração de delitos e por conveniência da instrução criminal.

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